sexta-feira, maio 04, 2007

SEÇÃO DELÍRIOS: OPERAÇÃO GÁVEA

A segunda edição da Seção Delírios surgiu do desespero de ver meu time jogar em Montevidéu, há dois dias. Subitamente, brotou a sensação de que somente um gênio da lâmpada ou um investidor russo poderia dar jeito no Flamengo, o time de maior torcida do mundo.

Digamos que me aparecesse um magnata com fortuna semelhante à do Bill Gates, adorador do futebol. Disposto a investir na maior paixão esportiva do planeta, ele decide vir ao país do futebol. Nada mais natural que escolhesse o clube mais popular desse país.

Sua proposta: comprar 11 jogadores, quaisquer que sejam eles, tenham o preço que tiverem, estejam onde estiverem e formar um supertime titular. O restante do elenco seria composto pelos melhores que ficassem no clube e mais grandes jogadores de outros clubes brasileiros. Em troca ele ficaria com os lucros obtidos com a venda de produtos ligados ao clube da Gávea pelo mundo afora. O que não seria pouco, haja vista o extenso rol de títulos que passaríamos a conquistar pelo universo.

Humildemente eu me ofereceria para escolher nossos atletas, levando em conta que, pelas leis futebolísticas brasileiras, somente três estrangeiros podem atuar ao mesmo tempo. Assim, contrataria apenas os três gringos da cota, pois não faria sentido trazer um não-nacional para esquentar o banco. Não sei... acho até que o técnico seria eu mesmo.

Dinheiro na mão e liberdade para contratar, os 11 titulares do meu Super-Mengão seriam:

Júlio César; Cicinho, Alex, Juan e Daniel Alves; Gerrard, Lampard, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Messi e Ronaldo.

O melhor goleiro do mundo é o italiano Buffon, mas eu não poderia queimar uma vaga para estrangeiro preenchendo uma posição em que o Brasil não é carente. Então prefiro trazer de volta o grande rubro-negro Júlio César, que é da Seleção, oras.

Na lateral-esquerda resolvi escalar um lateral-direiro porque o mundo anda carente de bons jogadores na posição que já teve mestres como Júnior e Nilton Santos. Detalhe: estes dois são destros como o Daniel Alves, para quem eu tinha que arranjar um lugar no meu time sem ter que dispensar um Cicinho.

Minha dupla de volantes, como você viu acima, é inglesa. Infelizmente, no Brasil, ainda não temos a cultura de utilizar volantes que não se limitam a marcar. O mundo praticamente já abandonou o chamado brucutu, o sujeito que fica à frente dos zagueiros distribuindo bordoadas, fazendo faltas perigosas, levando cartões e que, quando rouba a bola, volta a entregá-la ao adversário por não ter qualidade no passe.

Gerrard e Lampard são a melhor representação do jogador total: marcam com tenacidade, sem violência, e saem jogando com habilidade, ótimos passes e excelente visão de jogo. E ainda marcam muitos gols. Nessa categoria eu ainda poderia incluir o alemão Frings, os espanhóis Xavi e Fabregas, o francês Vieira e o italiano Pirlo. Entre os brasileiros, alguns volantes conseguiram superar o figurino brucutúnico, embora ainda não estejam no nível dos europeus citados: Mineiro, Josué, Tinga, Lucas e, em menor grau, Gilberto Silva.

Do meio para a frente, junto aos brasileiros Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo (não tem artilheiro como o Fenômeno), só podia ser o Messi, que tem um potencial maior que o de Robinho, Cristiano Ronaldo e todos os outros segundos atacantes que surgiram nos últimos tempos.

Em suma, meu Mengão dos sonhos até que é extremamente mais ou menos, não?

Agora vamos aos jogadores que comporão o restante do elenco:

Bruno, Diego, Léo Moura, Alex Silva, Miranda, Kléber, Lucas, Josué, Renato Augusto, Zé Roberto (Santos), Zé Roberto (Botafogo), Fernandão, Dagoberto e Araújo.

Pronto. Agora é só esperar o tal investidor chegar, acertar as contratações e botar o time pra jogar. Em dezembro de 2008, espero estar no Japão, fazendo a final do Mundial com o Barcelona. Ou o Real Madrid. Ou o Chelsea. Ou o Milan. Não importa: quem vier vai perder de 4 a 0.

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