terça-feira, janeiro 30, 2007

ARISTÓTELES OMORRIS 2007


O que não fiz nas férias

Aristóteles Omorris

Viena, Hair - O ano nem começou e o maldito editor deste blog já veio rastejando e lambendo minhas botas para que eu voltasse a dar brilho, lucidez, credibilidade e audiência a esta página miserável. Não sabe o infeliz que o ano só começa em março?

Minhas férias nos alpes suíços da Rússia foram violenta e bruscamente interrompidas pelos irracionais apelos desse ser desprezível, que, só por me pagar alguns milhões de dólares por ano, se acha no direito de exigir que eu trabalhe.

Onde está a falta de profissionalismo?

Aproveitei estas férias para colocar a leitura em dia. Vasculhando (por acaso) os lixos domésticos das urbes pelas quais perambulo (por esporte), encontrei várias bulas de remédio. Assim pude voltar a um dos meus mais antigos e culturalmente saudáveis hábitos.

Me pergunto se os execráveis Pratão e Pipócrates alguma vez na vida sentiram o prazer delirante de se entregar à maravilhosa literatura bulística. Claro que não. Imbecis ignorantes que são, passam horas diárias perdendo precioso tempo em feias, fétidas, modorrentas, bolorosas e entediantes bibliotecas.

Não fosse a abrupta interrupção proporcionada pelo energúmeno-mor desta página, eu ainda poderia estar em meu idílio europeu. Já havia agendado um retorno ao Louvre, onde sou muitíssimo bem quisto por todos, especialmente pelos amáveis rapazes da segurança, que sempre acorrem para me abraçar tão logo minha figura fica ao alcance de suas aquilares vistas.

Em Roma, capital da Romênia, eu voltaria a ver o bom e velho papa, meu amigo de longa data. Aquilo sim é um homem de fibra. Já repararam que ele não aparenta a idade que tem? Está muito bem para quem governa os católicos desde o falecimento de seu patrão, Jesus Cristo, em 33, ano em que meu amigo Getúlio governava o Brasil.

Não vejo o papa desde que fui apresentar um amigo a ele, em 1981, se não me engano. Aliás, nem esse meu amigo - um turco simpático, mas que muitos chamavam injustamente de maluco - eu vejo desde então. Onde andaria o velho Mehmet? Escreva, amigão!

Acho que já escrevi demais para alguém que ainda padece de uma certa letargia pós-férias. Devo voltar a esta página somente depois do carnaval, pois ninguém é de ferro.

Aristóteles Omorris é psiquiatra, psicólogo, psicanalista, piscicultor e psicótico


2 comentários:

  1. Anônimo10:02 AM

    Sou fã do Aristóteles Omorris. Pena que ele esteja ultimamente se deixando influenciar pela mosca azul da fama. Nunca mais deu o ar de sua desgraça!Mas o reconheço: ele mora hoje na feira coberta, tem uma namorada stripper e bebe a vida com verdade.

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  2. Anônimo12:39 AM

    É isso aí, bom e velho Anônimo da Silva, meu ilustre vizinho, vizinho de barraca em nossa magnífica feira. Obrigado por vossa sincera e dedicada veneração. Só lhe peço a gentileza de não mais revelar certos fatos que possam representar o aparecimento de alguma mácula em minha ilibada reputação. Mesmo que tais fatos não sejam propriamente não-verídicos.

    Saudações.

    AO

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