Ensaio por estar só
Tô sem tempo
Mas a escrivaninha me faz companhia
Daqueles papos consigo
Revelando um eu mais íntimo
De tardes solitárias
E das conversas impossivelmente dialogáveis
Aquelas que só você sabe
E apenas destrincha do ego
Mas o que seríamos sem isso:
Momentos egoísticos de sentir
Que tudo no tempo pode se perder
Incontentado de seu pouco
Verdade seja dita ao sol poente
Que ao final da alvorada
Exista mais do que uma madrugada
Que a dor que outrora sente.
E, que, embora fosse irrelevante
Tudo que se traz nesse instante
Não passa do ritmado sotaque
De um relógio paraguaio
Jogado em um canto qualquer
Mas qual peleja de ser notado
Seus toques, seus sons retumbam.
Tímpanos sem o quê mais atentar
É quase uma não escolha
De ter o que fazer
E o que fazer não passar
De uma escolha não feita
Assim mesmo...
Feita pra confundir
Iludir e desencantar
Conto de fadas.
Carliane Soli
terça-feira, janeiro 09, 2007
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