sexta-feira, julho 07, 2006

ARISTÓTELES OMORRIS

A Copa é um tédio

Aristóteles Omorris

Berlim, o velho ranzinza que teve seu muro demolido. Bem feito - Por mim, não escreveria nada. Odeio futebol e fui obrigado a interromper minhas férias na Côte d’Azur, Suécia, para vir cobrir este torneiozinho. Gostaria de ficar apenas de papo pro ar e saboreando a rica e suína culinária alemo-germânica. Mas o imbecil-mor deste planeta, o editor deste blog, ameaçou não depositar o último milhão de dólares em minha conta em um banco suíço ali das Bahamas.

Assim, pautado exclusivamente pela ética e pela boa vontade, submeto-me ao sacrifício de escrever sobre a (bleargh!) Copa do Mundo da Alemanha 2006 (como se houvesse uma Alemanha 2001, 1998, 1568, 1354 etc. e dízima periódica. Bah!).

Frâncios e itálicos, me contaram - mediante suborno -, estão na final do mundial. Grande coisa! Em minha juventude (que não faz muito tempo, embora os detratores, mais uma vez liderados pelo perverso FC, divulguem aos três ventos - o quarto está internado - que fui babá daquele jovem que bradou retumbantemente “independência ou morte!”. Mentira! E calúnia ainda por cima! Eu sou jovem. Podem perguntar ao Sigmund, menino cujas fraldas trocava, compadecido pela preguiça da senhora Freud), fui semifinalista do torneio de palitinho de um respeitável estabelecimento de uma cosmopolita cidade chamada Serranópolis, o Boteco do Tonhão.

Fui semifinalista e ninguém falou nada! Tudo bem que perdi (roubado) a semifinal para o grande jogador Ceguinho da Igreja, mas a imprensa mundial ignorou a competição de uma forma que nos fez, à época, suspeitar de uma conspiração da Federação Internacional de Jogos que Envolvem Palitos com seu maior patrocinador. Senão vejamos: Ceguinho da Igreja usava camiseta da campanha para vereador de Zezinho da Nair. O cunhado de Zezinho da Nair era freguês inveterado da vendinha do senhor Adavilson, que era justamente o patrocinador da federação. Afinal, o “ilustre” empresário fornecia palitos à nebulosa entidade...

Neste ponto alguém pode perguntar: o que uma coisa tem a ver com a outra? Como e por que propósito a Federação Internacional de Jogos que Envolvem Palitos, aliada ao senhor Adavilson e, quiçá, a Zezinho da Nair, sabotaria, por meio da compra do silêncio da imprensa de todo o mundo, a própria competição que promovia? A resposta é simples: não sei.

De que estávamos falando mesmo, antes desta digressão passado-nostálgica? Ah, sim: da final do torneio fubeca da Alemanha. Bem que eu queria analisar as táticas de ambas e eurôpas seleções, falar de jogadores, técnicos, estatísticas e história. Mas meu espaço acabou. Meu néscio editor disse que era para escrever no máximo o número de linhas que este artigo possui. Se não falei do joguinho de domingo, a culpa é dele, que não me deu mais espaço. Ahahahahahah!!! Taí, maldito! Toma teu texto! Caíste em tua própria armadilha! Agora me deixe em paz, pois voltarei ao meu merecido ócio e à degustação dos milhares de variedades de salsichas. Pro inferno com a Copa!

Aristóteles Omorris é colunista esporádico e schwudel em tempo integral


Primeira - e única
prova de automobilismo
disputada pelo ex-piloto
Aristóteles Omorris, que não
aparece na foto pois a esta
altura da corrida estava
quatro voltas atrás do
primeiro pelotão (formado por
todos os outros pilotos)

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