quinta-feira, fevereiro 05, 2009

ARISTÓTELES OMORRIS NUMA CONVENÇÃO DE ARREBENTAR NÃO SÓ A BOCA DO BALÃO

Interregno de paz e harmonia entre amigos

Aristóteles Omorris

Ponta Grossa, Ouro Fino – Mal havia transpassado os monumentais pórticos do castelo de *** (perdão, leitores, mas por motivos de segurança não posso tornar público o local em que ocorreu o convescote que aqui neste pútrido blog será descrito) e lá estava Dick Cheney, todo sorrisos, a esperar-me para aplicar um sonoro abraço.

Meu velho amigo Cheninho contou-me do orgulho que estava sentindo, pois na reunião daquele ano estariam presentes meninos que haviam sido seus alunos. Pena que outros bons aprendizes não poderiam estar presentes por estarem em temporada de, digamos, férias, na base de Guantánamo e em outras masmor..., ou melhor, instalações dos EUA e aliados espalhadas pelo mundo.

Antes da reunião inaugural sentamo-nos com Osama bin Laden, que naquela época ainda não precisava enfrentar a chateação de ter seu nome confundido com um certo presidente. Isso é péssimo para a reputação do meu barbudo amigo.

Bem, enquanto eu saboreava um produto legitimamente escocês de no mínimo 12 anos, Osama e Cheninho relembravam os tempos em que trabalhavam juntos contra a ameaça soviética. “Pô, Osama, meu nego, tu aprendeu tudo direitinho”, comemorou Dick. “E hoje tu é que me ensina”. “Que nada!”, respondeu o arabesco e modesto interlocutor. “Somos um time. Ninguém é melhor que ninguém. Todos temos uma meta em comum”. Cheninho não pôde conter as lágrimas que passaram a banhar seu róseo rosto.

A sirene gritou que precisávamos nos dirigir ao auditório. Lá fomos nós três e, enquanto caminhávamos, íamos cumprimentando os grandes amigos: Ehud Olmert, Kissinger, Kadafi, o Tarso, a Dilma, Kim Jong-il, Putin e aqueles dignos camaradas do Hamas e do Hezbollah, cujos nomes sempre troco (sorry, friends, hehe).

As palestras, os discursos, as apresentações foram chatas como sempre acontece em eventos do gênero, mas o que valeu foi reencontrar essa gente idealista, empreendedora e que faz girar a riqueza do mundo. Sem meus amigos, o que seria da indústria de armas, de caixões, de limpeza de escombros, de segurança privada de líderes impopulares (povo ingrato!) de ocupações, de construção (ou reconstrução), petróleo, entre outros segmentos (incluindo aquela firma especializada em capacetes militares da qual tenho algumas açõezinhas...)?

Aristóteles Omorris, se não fosse um doido varrido, seria um crápula

2 comentários:

  1. Só batendo ponto! Vim conhecer seu espaço e adorei passarei ser presença constate aqui.
    Um abraço, de seu conterrâneo...

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  2. Obrigado, conterrâneo.

    Serás sempre bem-vindo.

    Um abraço!

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