
O fato é que O amigo de Praga renasceu, pelas mágicas,
miraculosas mãos da editora Quatro Cantos. Repaginado, renovado, ele está de
volta e agora frequentando as prateleiras das melhores livrarias deste lusófono
canto do mundo.
Pô, não era razão para tirar o pó que recobria cada
milímetro deste meu esquecido e negligenciado bunker internético?
A história é a mesma, os nomes dos personagens foram quase
que totalmente mantidos, mas ela ganhou uma roupinha mais século XXI, uma
contemporaneidade mais adequada a um livro com protagonistas jovens feito para
jovens de 8 a 800 anos.
A história da nova encarnação do Amigo de Praga é a
seguinte: incerto dia, em meados de 2013, vulgarmente conhecido como ano
passado, estava eu em mode repouso, apenas conferindo as frenéticas
atualizações do Twitter, quando alguém (não me lembro quem) da minha timeline
retuitou a seguinte mensagem: “Procuramos bons textos infantojuvenis, veja como
enviar seu original em contatos no nosso site
http://www.editoraquatrocantos.com.br”.
Confesso que nunca havia ouvido falar da editora e fui ao
endereço www pra conhecê-la. Gostei do que vi e senti firmeza na proposta.
Mesmo sem muitas esperanças, resolvi enviar pra eles um velho exemplar do
Amigo, daqueles que sobraram da tiragem que recebi como prêmio pelo concurso da
Agepel (atual Secretaria Estadual de Cultura), de 1999 (na boa e velha coleção Supernova,
que infelizmente não existe mais – nem o prêmio nem a coleção nem concurso
algum).
Os meses passaram – nesse meio tempo o Mengão foi campeão da
Copa do Brasil – e, num dia de dezembro, recebi um e-mail da editora Quatro
Cantos. Eles queriam saber meu telefone. Até que meu cérebro atinasse para o
fato de que fora para essa editora que eu havia enviado um livro meses antes,
passou rapidamente pela minha cabeça que pudesse tratar-se de um spam que
conseguira romper a barreira e vazado para a caixa de entrada para tentar me
incluir em mais uma lista de telemarketing.
Mas a memória não me deixou na mão. Logo me lembrei do Amigo
que havia voado pra São Paulo e, daquele momento em diante, passei a esperar
com ansiedade o telefonema. Que aconteceu sem demora. Foi quando conversei pela
primeira vez com minha então futura publisher, Rosana Martinelli, que proferiu
as palavras mágicas: “Gostamos do seu livro e gostaríamos de publicá-lo. Você
tem interesse?”
Se eu tinha interesse? Jogador do Goiás quer ir para o
Barcelona? Candidato quer ser eleito? Os Estados Unidos querem invadir países
ricos em petróleo? A Rússia quer a Ucrânia? Galinha quer milho? O rezador quer
ir pro céu? O cativo quer liberdade? Peixe quer ficar na água? O náufrago quer
terra firme?
Não respondi isso tudo. Limitei-me a um categórico e prolixo “sim”.
Foi desse jeito que começou o processo que culminou neste
momento, em que O amigo de Praga, renovado e fortalecido, está pronto para
tentar contatos de quarto grau com um número maior de terráqueos. Para tanto,
agradeço à Rosana por acreditar e encampar esse projeto, por cuidar com zelo e
carinho de todas as etapas da produção, distribuição e divulgação da obra; ao
Renato Potenza Rodrigues, um amante incondicional dos livros, por me abrigar
entre os autores de seu cada vez mais prestigiado selo; ao Adriel Contieri,
fera das pranchetas, que captou a essência das cenas descritas e ilustrou o
livro com maestria, e ao pessoal daqui de casa, minhas irmãs e meu irmão (que
deu o tema para o livro), todos eles meus primeiros leitores, críticos
generosos (suspeitos, portanto) e, principalmente, fiéis e incansáveis
incentivadores.
A literatura pode ser poderosa, a imaginação pode ser
fértil, mas nem elas são capazes de trazer meus pais de volta, para saborear
este momento. Minha mãe, em 2000, soube que eu vencera o concurso da Agepel, ficou
toda orgulhosa, mas não viveu para ver seu pimpolho receber o prêmio. Meu pai pelo
menos pôde ver o resultado final (não foi à cerimônia de entrega do prêmio
porque se recuperava de uma cirurgia na próstata), viveu até 2012, e talvez
desse uma palavrinha sobre essa nova encarnação do Amigo de Praga: “Divertido”.
Que bom que voce encontrou essa editora ou essa editora te encontrou!
ResponderExcluirUma vez, não sei se voce se lembra, disse que seus livros não tinham aquela cultura do pequi, aquela goianidade esperada de um autor nascido e criado nesse nosso Planalto Central, por isso via uma dificuldade na aceitação de seus escritos por editoras Goianas.
A partir de agora, novos horizontes se abrem e com certeza seus livros finalmentes serão conhecidos como devem ser. Voce merece isso e muito mais!!!!
É verdade, eu me lembro. Você tem autoridade pra dizer, já que foi minha primeira crítica. Obrigado!
ResponderExcluirOlaa bom dia
ResponderExcluirpassando para deixar um alô. parabéns pelo empenho no blogger.
Fiquem com Deus toda família.
Quando der visite o meu blogger.
abraços
Jesus Cristo te Ama.
Muito obrigado por suas palavras.
ExcluirVou visitar sim!