terça-feira, setembro 02, 2014

O AMIGO DE PRAGA DE ROUPA E CASA NOVAS

Resolvi enfrentar a ferrugem e as teias de aranha que tomaram conta deste blog por uma causa nobre. Ou não. Sei lá. Depende do ponto de vista do observador. Tudo é tão heisenberguiano...

O fato é que O amigo de Praga renasceu, pelas mágicas, miraculosas mãos da editora Quatro Cantos. Repaginado, renovado, ele está de volta e agora frequentando as prateleiras das melhores livrarias deste lusófono canto do mundo.

Pô, não era razão para tirar o pó que recobria cada milímetro deste meu esquecido e negligenciado bunker internético?

A história é a mesma, os nomes dos personagens foram quase que totalmente mantidos, mas ela ganhou uma roupinha mais século XXI, uma contemporaneidade mais adequada a um livro com protagonistas jovens feito para jovens de 8 a 800 anos.

A história da nova encarnação do Amigo de Praga é a seguinte: incerto dia, em meados de 2013, vulgarmente conhecido como ano passado, estava eu em mode repouso, apenas conferindo as frenéticas atualizações do Twitter, quando alguém (não me lembro quem) da minha timeline retuitou a seguinte mensagem: “Procuramos bons textos infantojuvenis, veja como enviar seu original em contatos no nosso site http://www.editoraquatrocantos.com.br”.

Confesso que nunca havia ouvido falar da editora e fui ao endereço www pra conhecê-la. Gostei do que vi e senti firmeza na proposta. Mesmo sem muitas esperanças, resolvi enviar pra eles um velho exemplar do Amigo, daqueles que sobraram da tiragem que recebi como prêmio pelo concurso da Agepel (atual Secretaria Estadual de Cultura), de 1999 (na boa e velha coleção Supernova, que infelizmente não existe mais – nem o prêmio nem a coleção nem concurso algum).

Os meses passaram – nesse meio tempo o Mengão foi campeão da Copa do Brasil – e, num dia de dezembro, recebi um e-mail da editora Quatro Cantos. Eles queriam saber meu telefone. Até que meu cérebro atinasse para o fato de que fora para essa editora que eu havia enviado um livro meses antes, passou rapidamente pela minha cabeça que pudesse tratar-se de um spam que conseguira romper a barreira e vazado para a caixa de entrada para tentar me incluir em mais uma lista de telemarketing.

Mas a memória não me deixou na mão. Logo me lembrei do Amigo que havia voado pra São Paulo e, daquele momento em diante, passei a esperar com ansiedade o telefonema. Que aconteceu sem demora. Foi quando conversei pela primeira vez com minha então futura publisher, Rosana Martinelli, que proferiu as palavras mágicas: “Gostamos do seu livro e gostaríamos de publicá-lo. Você tem interesse?”

Se eu tinha interesse? Jogador do Goiás quer ir para o Barcelona? Candidato quer ser eleito? Os Estados Unidos querem invadir países ricos em petróleo? A Rússia quer a Ucrânia? Galinha quer milho? O rezador quer ir pro céu? O cativo quer liberdade? Peixe quer ficar na água? O náufrago quer terra firme?

Não respondi isso tudo. Limitei-me a um categórico e prolixo “sim”.

Foi desse jeito que começou o processo que culminou neste momento, em que O amigo de Praga, renovado e fortalecido, está pronto para tentar contatos de quarto grau com um número maior de terráqueos. Para tanto, agradeço à Rosana por acreditar e encampar esse projeto, por cuidar com zelo e carinho de todas as etapas da produção, distribuição e divulgação da obra; ao Renato Potenza Rodrigues, um amante incondicional dos livros, por me abrigar entre os autores de seu cada vez mais prestigiado selo; ao Adriel Contieri, fera das pranchetas, que captou a essência das cenas descritas e ilustrou o livro com maestria, e ao pessoal daqui de casa, minhas irmãs e meu irmão (que deu o tema para o livro), todos eles meus primeiros leitores, críticos generosos (suspeitos, portanto) e, principalmente, fiéis e incansáveis incentivadores.


A literatura pode ser poderosa, a imaginação pode ser fértil, mas nem elas são capazes de trazer meus pais de volta, para saborear este momento. Minha mãe, em 2000, soube que eu vencera o concurso da Agepel, ficou toda orgulhosa, mas não viveu para ver seu pimpolho receber o prêmio. Meu pai pelo menos pôde ver o resultado final (não foi à cerimônia de entrega do prêmio porque se recuperava de uma cirurgia na próstata), viveu até 2012, e talvez desse uma palavrinha sobre essa nova encarnação do Amigo de Praga: “Divertido”.

Para mais detalhes sobre o livro - sinopse, número de páginas, onde comprar, preço - clique aqui. Ou aqui, sei lá...

4 comentários:

  1. Que bom que voce encontrou essa editora ou essa editora te encontrou!
    Uma vez, não sei se voce se lembra, disse que seus livros não tinham aquela cultura do pequi, aquela goianidade esperada de um autor nascido e criado nesse nosso Planalto Central, por isso via uma dificuldade na aceitação de seus escritos por editoras Goianas.
    A partir de agora, novos horizontes se abrem e com certeza seus livros finalmentes serão conhecidos como devem ser. Voce merece isso e muito mais!!!!

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  2. É verdade, eu me lembro. Você tem autoridade pra dizer, já que foi minha primeira crítica. Obrigado!

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  3. Olaa bom dia

    passando para deixar um alô. parabéns pelo empenho no blogger.

    Fiquem com Deus toda família.

    Quando der visite o meu blogger.

    abraços
    Jesus Cristo te Ama.

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    1. Muito obrigado por suas palavras.

      Vou visitar sim!

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