quinta-feira, agosto 28, 2008

UM POEMA, DUAS CONSTATAÇÕES E UM PEQUENO ARTIGO. TUDO CONTRA DEUS, RELIGIÃO E OUTRAS SUPERSTIÇÕES, EVIDENTEMENTE



Deus-milingüindo

Deus não ajuda
quem cedo madruga.
Nem quem acorda tarde.
Nem quem nunca dorme.
Nem quem vive dormindo.

Deus não faz
nem acontece.
Deus não dá
nem dará.

Deus nada provê.
Deus é de nada.
Deus é nada.

Nada.
Nad

Na

N

n

.



•••••

Para alguém que não existe, Deus já causou muito problema neste mundo.


Se Deus existisse, o mundo já teria acabado.
•••••



A irresistível atração do lodo primordial

Os instintos compõem a natureza dos seres vivos desde a formação do ancestral comum de todos nós, humanos, porcos, galinhas, ratos, baratas e companhia quase ilimitada. Ou seja, quando a gente confortavelmente ainda residia naquele lodo primordial, lá estava o implante básico do instinto de sobrevivência, que existe para que sejam “praticados” os outros instintos, sempre com o objetivo, a idéia fixa de colocar na roda o que manda o instinto de perpetuação da espécie.

Bilhões de anos se passaram – período em que sobrou tempo para que os dinossauros aparecessem, imperassem e depois fossem varridos da face da Terra – e a evolução aprontou um monte. Tanto fez que há pouco tempo, cosmicamente falando, surgiu o tal do ser humano, supostamente o supra-sumo da inteligência, o bambambam das capacidades cognitivas e aquele que dominaria todas as outras espécies sem precisar recorrer à força bruta. E também colocando a força bruta a serviço da inteligência.

É, o homem botou a concorrência no chinelo, mas surgiu um “pobreminha”. A tal da consciência. A consciência de si, do universo e a certeza da morte. “Que merda esse negócio de morrer e deixar de existir!”, deve ter bradado, retumbantemente, o primeiro ser inteligente. “Qual o sentido de – pop! – num momento a gente passar a existir e no momento seguinte – pop! – não existirmos mais?”


Então, para confortar a si mesmo, o homem começou a inventar um monte de histórias, hipóteses, suposições, mentiras, modas... Bem, foi assim que surgiu Deus. “Pô, é isso!”, voltou a bradar o bom e velho ser inteligente, talvez não o mesmo, mas o bisneto ou tataraneto do primeiro. “Um ser superior, uma entidade, um troço qualquer criou tudo, o Sol, a Lua, as estrelas, nosso mundo e nós mesmos! É isso! E tem mais, gente boa das cavernas: nossa existência tem sentido sim! Fomos criados com uma missão. A gente tem um negócio que chama alma ou espírito, algo assim, que existe antes da gente ter um corpo e que vai continuar existindo quando este nosso corpo morrer”.

Surgiram-se assim, de uma “tacapada” (eles usavam tacape naquela época. Os tacos ainda não haviam sido criados) só, Deus e a mãe de todas as religiões atuais.

O apego a crenças e superstições não passa de um apego ao bom e primordial lodo. Quando o homem começou a pensar e a se horrorizar diante da não-existência, do abismo eterno, do nada, o idoso e básico instinto de sobrevivência entrou na parada. “Opa, deixa eu agir, senão vai começar uma onda avassaladora de suicídios nessa joça”, pensou Mr. Survival Instinct (ele é todo metido, desculpem-no).

Só não sabia o instinto a confusão que ele iria causar, pois o homem inventou Deus, religião e todas as outras balelas adjacentes. Em decorrência vieram as guerras religiosas, os preconceitos, as perseguições, os radicais, fundamentalistas chatos de galochíssima, a intolerância e, para culminar, o maldito barulho produzido pelas igrejas.

Talvez o pior dano tenha sido a criação da consciência postiça. Sim, pois as pessoas, com o advento da fé, sentiram-se desobrigadas de manter um comportamento ético. Afinal, proprietário de uma consciência externa, uma consciência fora-do-ser, o ser humano sente-se autorizado a enganar o próximo para, depois, pedir o perdão na igreja ou numa simples e rápida prece noturna. Ficha limpa, agora é partir para “pecar” mais.

As pessoas não fazem o certo porque é certo, mas por medo do inferno ou algo parecido no “além”. A religião, admitamos, pode servir de freio para muita gente, pode ter evitado muitos atos deploráveis, mas a humanidade paga um preço muito alto por esse implante da natureza. A superstição atrasou o desenvolvimento da nossa espécie. O pensar-por-si-mesmo, a consciência própria, a ética pela ética e a convivência harmoniosa poderiam ser produtos presentes nas prateleiras da mentalidade humana há muito tempo. Isso, claro, se os suicídios não inviabilizassem nossa sobrevivência como espécie.

terça-feira, agosto 19, 2008

UM CONTO (QUE NÃO É DE NATAL)



O homem que foi tirar satisfações com Papai Noel

Um papel amassado na mão e uma cara de profunda contrariedade na cabeça, o homem subiu a pouco íngreme colina no topo da qual morava, em uma casinha simples, tijolos aparentes, cachorro vira-lata porte médio deitado na frente, o velho das longas barbas brancas que a criançada do bairro só chamava de Papai Noel.

Ele nunca dera presente algum a alguém (pelo menos ninguém presenciara ato do tipo), mas o simples fato de ostentar longos pelos faciais desprovidos de cor bastava para que lhe houvessem impingido a óbvia alcunha.

Teria, segundo os adultos locais, entre 65 e 80 anos, morava ali desde sempre e nunca fizera nada na vida. Os mais antigos diziam que ele estava ali havia 40 anos e lhe atribuíam diversas profissões e os mais disparatados passados.

Para alguns, fora um milionário que se cansara da vida, doara todos os bens aos pobres e resolveu viver como um deles. Para outros, havia sido depenado pela ex-mulher e se tornado um pobretão recluso. Outras versões davam conta de que ele era um político derrotado, jogador de futebol fracassado ou simplesmente um maluco por vocação, um esquisito profissional ou algo do gênero das misantropias que pululam por aí.

Na verdade o que importa é que era por Papai Noel que ele era conhecido e chamado, não só pelas crianças, mas também pelos adultos, que não sabiam seu verdadeiro nome. Nas raras vezes em que saía de casa a criançada logo o cercava, gritava seu apelido, às vezes puxava-lhe a barba. Ele não era simpático a elas, mas tampouco lhes era hostil. Sem sorrisos, sem afagos, mas também sem admoestações e sem agressões físicas. Se o “verdadeiro” Papai Noel é chamado de “bom velhinho”, o eremita do bairro era um velhinho neutro.

Papel amassado na mão, cara fechada, o homem bateu na porta com certa impaciência. Uns 30 segundos depois o neutro velhinho o atendeu com uma expressão neutra.

- Foi o senhor que escreveu isso? – o homem foi logo perguntando, abrindo o papel e mostrando-o para o dono da casa.

- Humm... Parece minha letra – respondeu neutramente o velho. Seu tom de voz não era o de alguém que estivesse tirando o corpo fora. Ele não só não se lembrava, mas também aparentava não se lembrar de que havia escrito aquela carta.

- Pois foi o senhor sim! – A calma e a sinceridade do velho pareciam ter exasperado ainda mais o homem.

- É. Deve ter sido – a voz do velho era baixa, tranqüila. - Por favor, entre.

O homem entrou e aceitou a oferta para se sentar no pequeno, acanhado e principalmente antigo sofá que, digamos, ornamentava a sala (um dos quatro cômodos da casa). O homem ficou surpreso com a limpeza e organização do local. Segundo o clichê, a poeira, o lixo e os insetos deveriam ser os monarcas do ambiente. Mas não. Havia muitos livros e uma mesa sobre a qual repousavam lápis, borracha, régua e papel. Fosse o que fosse em que o velho estava trabalhando, ele escondeu para que a visita não visse.

- Bom, o que eu posso fazer por você? – perguntou o Papai Noel do bairro, sem sorrir, mas extremamente cortês.

- Eu tenho um filho de 6 anos – começou o homem, já bem mais calmo, talvez fascinado pelas maneiras do velho ou encantado com a modesta-mas-aconchegante casa ou pela soma de motivos. – E foi para ele que o senhor enviou esta carta.

- Ah... – um leve sorriso esboçou-se por trás daquela barba toda. O homem não pôde percebê-lo, é claro. – Deve ser do garoto que me pediu uma coisa bem bonita... Sabe como é, como todos me chamam de Papai Noel, ele, em sua inocência, me escreveu uma cartinha, coitado...

- Ele escreveu assim na carta dele: “Uma coisa bem bonita”?

- Foi desse jeitinho. Ele disse que não ia pedir um carrinho, um jogo, uma bola, nada. Eu que tinha que escolher. Escolher uma coisa bem bonita.

- E o senhor mandou isso? – o homem agitou a carta. Havia censura em sua voz, mas exasperação, não mais.

- Sim, se for a mesma carta que escrevi. O presente era o que estava escrito. Bem, o conteúdo nem me lembro.

- Pois eu vou refrescar sua memória! – O homem começou a exaltar-se novamente. – Vou ler para o senhor.

Estavam sentados um de frente para o outro. O mais jovem continuava no sofá e o mais velho já se acomodara na única cadeira da casa. O homem então afastou um pouco o papel de seus olhos e começou a ler, de forma clara e fluente:

“Olá, pequenino!

Uma coisa bem bonita em termos materiais eu não posso lhe dar, pois sou um Papai Noel pobre de um país pobre. Mesmo os duendes são raros neste país. Lá no Hemisfério Norte é permitido o trabalho escravo, desde que o serviço seja executado por duendes. Portanto, a concorrência é desleal e o máximo que posso fazer é lhe dar uns conselhos. E espero que você os considere uma coisa bem bonita.


Você é muito novo, mas já deve estar começando a receber mesada do papai. Não gaste. Economize, pois você tem de graça tudo que precisa para viver bem. É você que paga sua escola, suas roupas, seu videogame, sua comida?

Brinque bastante e estude direitinho, mas sem sacrifícios: só o suficiente para passar no vestibular no curso que for de sua escolha. SUA escolha, não a de seus pais ou de qualquer outra pessoa. Faça o que der na telha até entrar na faculdade, mas continue economizando.

Aos 15 anos retire seu dinheiro da poupança e compre ações. Mas só ações de empresas fortes e sólidas, hein? Todo dinheiro que sobrar vai colocando lá. Se for estudar fora da cidade, tente gastar o mínimo possível para continuar economizando. Melhor continuar morando com os pais e recebendo uma mesada até conquistar o primeiro emprego.

Não caia na besteira de namorar firme. Cabeças jovens são volúveis e propensas a agir sem pensar. Daí pra cair num casamento é um pulo. Não engravide ninguém. Isso vai arruinar sua vida em diversos aspectos. O casamento e o “amor” são armadilhas montadas pela natureza para que aconteça a única coisa pela qual ela trabalha: a perpetuação da espécie. Em suma, seja racional e não aja como um peixe, um sapo ou uma barata.

Ainda na faculdade ou recém-formado, aceite qualquer coisa que lhe oferecerem. O salário pode ser ruim, a condições de trabalho, não ideais, mas a experiência será valiosíssima. Especialmente se crescer o valor economizado mensalmente por vossa arguta pessoa.

E não se esqueça de continuar comprando ações. A essa altura da vida, você terá volume suficiente para efetuar a venda de opções cobertas, operação de proteção de sua carteira de ações que é a mais segura que existe. Isso vai potencializar seus rendimentos. Mas não mexa nos seus lucros para comprar coisas. Compre mais ações com o que conseguir tirar da venda coberta de opções.

Seja frugal. Contente-se viver sem luxos, sem exageros, sem extravagâncias. Gaste com o básico. Pra que ter mais que um teto, um colchão, comida e algumas peças de roupa? Livros? Vá à biblioteca. Filmes? Vá ao cinema. Internet? Faculdade ou lan-house. Telefone? Não use, não tenha. Roupas de grife? Pra quê, se as marcas vagabundas escondem nossa nudez tão bem quanto as caras? Televisão? Só de sinal aberto e olhe lá (que proveito tirar da programação das emissoras?).

Não compre carro: é caro e só dá mais despesas. Existem ônibus para o dia-a-dia e táxi para ocasiões especiais. Não compre imóveis, pois a valorização é mais difícil e a manutenção, custosa. Não ostente. Ostentação é típico de seres inferiores. É um resquício irracional, animalesco que a natureza nos deixou para ajudar na perpetuação da espécie.

Continue contendo seus instintos mais básicos para não se casar. Só o faça quando tiver uma vida financeira saudável e puder responder positivamente a algumas perguntas: por que casar? Quero formar minha própria família? Se sim, case-se. Quero deixar descendentes? Se sim, case-se.

Mas pense bem antes de tomar esse passo. Que direito nós temos de colocar no mundo mais seres humanos, se eles, quando começarem a pensar, também vão sofrer ao perceber a inutilidade de tudo? Se eles também terão vindo ao mundo apenas tomar consciência de que vão virar pó, desaparecer, ser varridos da existência? Se, para fugir à verdade essencial, terão de recorrer a falsas crenças e talvez a drogas, álcool e outras válvulas de escape?

Se você não pretende trazer mais gente para compartilhar nossa infelicidade, não se case, pois um casal sem filhos não passa de um simulacro, de uma homenagem às convenções criadas pela sociedade desde os primórdios de nossa espécie.

Por volta dos 30 anos, tendo passado por um ou por mais empregos, e já com muito dinheiro economizado e multiplicado pela inevitável evolução do mercado de ações, pare para pensar sobre o que fazer do resto da sua vida. Nessa idade você terá experiência e grana suficientes para saber o que lhe faz bem, o que você gosta de fazer. Então faça.

Continue a trabalhar, mas só no que você gosta. Ou pare de trabalhar e vá só se divertir. Ou vá ajudar os outros a suportar as amarguras do mundo. Ou faça tudo isso junto. Ou não faça nada. A vida é sua e você é quem decide o que fazer com as rédeas que, graças a um esforço disciplinado, tenaz e bem-sucedido, você colocou em seu destino.

Bom, pequenino, acho que só consegui pensar nisso no momento. Talvez eu tivesse coisas mais bonitas pra te oferecer, mas este Papai Noel aqui está meio cansado, pois nunca juntou grana suficiente pra comprar umas renas e um trenó. Ou uma charrete.

Um grande abraço!”

O homem dobrou novamente o papel e voltou a encarar o velho. Ficou um tempo em silêncio, talvez esperando uma reação, uma palavra qualquer – quem sabe até um pedido de desculpas? Mas o Papai Noel do bairro descansou suas costas na cadeira e limitou-se a olhar para o visitante. Sua expressão era tão neutra quanto ele e um turbilhão de pensamentos tomava conta de seu cérebro. Olhava para o homem, mas estava alheio a ele.

- Ei, amigo! – O homem perdera a paciência. – Então? O que o senhor me diz?

- Puxa, eu escrevi isso daí? – Mais uma vez, sua surpresa era sincera.

- Como é que o senhor tem a coragem de acabar com ilusões de um garoto, de enfiar merda na cabeça de uma criança?

- Ele entendeu alguma coisa?

- Nada.

- Então por que a revolta? Você deve ter mais de 30 anos e também não entendeu nada. Se quer que seu filho seja como você, basta queimar esse papel. Te garanto que ele jamais se lembrará do conteúdo.

O homem olhou para o papel e por um instante pensou em rasgá-lo em quantos pedaços pudesse. Mas não o fez. Dobrou-o, colocou-o no bolso, removeu uma lágrima, balbuciou algo como “com licença” e deu as costas para o velho.

- O senhor é... é... Sei lá. Até logo.

O Papai Noel do bairro fechou a porta, deu meia-volta e por alguns segundos ficou parado, os olhos perdidos voltados para a parede. Enfim, lembrou-se do que estava fazendo antes de ser interrompido. Lentamente levou a cadeira de volta para a mesa e retomou seu trabalho. Alegrou-se ao perceber estava quase pronto o novo modelo de caixão que vinha projetando há meses. Já não suportava a pressão do dono da funerária. O pior é que ele só recebia depois de entregar o trabalho.

segunda-feira, agosto 04, 2008

VIDAS COMPARADAS: KARL E BILL

Pudesse Plutarco ser revivido nos dias de hoje, certamente ele lançaria mais um volume de suas Vidas Comparadas (ou Vidas Paralelas). Em vez de falar de Alexandre, César e outros figurões dos mundos grego e romano, logicamente ele compararia, por exemplo, Napoleão com Hitler, Mao com Stálin e assim por diante.

Uma comparação que eu, via e-mail, encomendaria a ele seria entre Karl Marx e Bill Gates. De um lado o homem que previu o (e principalmente torceu pelo) fim do capitalismo e do outro o sujeito que chegou à posição de homem mais rico do mundo devido ao sucesso do seu sistema operacional para computadores pessoais.

Talvez eu conseguisse instigar Plutarco informando-lhe que Marx era um pobretão que vivia da generosidade do filhinho de papai Engels. “Velho Pluta, sabia que eles execravam o capitalismo e enalteciam aventuras como a Comuna de Paris e outras tentativas de deter o ritmo natural da história e da evolução mental da humanidade?”, perguntaria eu, já cheio de intimidade.

“E esse nativo do Novo Mundo, o Guilherme Portões?”, indagaria o redivivo grego das antigas, ainda com a velha mania de transliterar nomes gringos. “Por que compará-lo com filósofos, se ele é inventor e homem de negócios?”

Aí então é que eu entraria com minha cartada principal. “Pluta, grego velho, o negócio é o seguinte: esse Bill ganhou tanto dinheiro, jogando pelas regras do capitalismo, que parou de trabalhar. Agora ele, ao lado da mulher, gasta grande parte do que juntou para ajudar os mais pobres, ou seja, tentando remediar a situação daqueles que supostamente eram defendidos por Marx”.

“Meu jovem”, diria Plutarco, de forma solene, “por acaso estás a insinuar que, caso o bárbaro das terras do norte tivesse conseguido acabar com o tal capitalismo, o homem dos portões não teria atingido êxito pessoal e, por conseguinte, não poderia ajudar os menos favorecidos pela sorte?”

“Mais ou menos isso, Pluta, meu chapa”, bravataria eu. “Mas o importante é que, como sempre, o problema não está no sistema, mas no próprio homem. Já no tempo de Marx existiam empresários preocupados com o bem-estar dos outros. Claro que a maioria só pensava na saúde do próprio bolso. Hoje proliferam ações em prol de pessoas e comunidades carentes. Essas coisas vão mudando naturalmente, sem revoluções, sem soluções violentas. Tudo vai se ajustando para que no futuro o presente seja cada vez menos injusto. Fora disso, qualquer extremismo termina em tragédia. Não devemos parar de denunciar os abusos, de lutar por um mundo melhor, mas a verdadeira subversão está em ‘derrotá-los’ dentro das regras deles”.

“Isso é meio grego para mim, mas vou pensar em tua sugestão, embora eu esteja recebendo muito, mas muito mais pedidos para escrever biografias comparadas de Britney Spears e Lindsay Lohan, Amy Winehouse e Paris Hilton, Chuck Norris e Steven Seagal, entre outros nomes dos quais não consigo me lembrar”.